.

falando

Escrito por uma menina que lê até bula de remédio e escreve até em papel higiênico.
Editado por um menino que pensa muito e faz pouco, mas quando faz, não espere menos que a perfeição.

twittando

    Siga-me no Twitter

    Disseram que sou "coloridinha, mas legal"!!! Disseram que sou cor-de-rosa!!! Eu sou DESIGNER, e só!!! Tá bom, com certas gamas de magenta, eu admito... Mas de DESIGN esse blog ainda não tem muito, mas tem o dedinho dele... Atualmente, caloura de JORNALISMO, porque nunca é tarde para realizar os sonhos de sua vida.

    sexta-feira, 6 de julho de 2007

    Telemar: Velox

    From: "Mink (Michelle)"
    Subject: À Anatel - A/C de qualquer funcionário disposto a ler
    Date: Fri, 6 Jul 2007 00:44:42 -0300


    Rio de Janeiro, 05 de julho de 2007

    À Anatel – Agência Nacional de Telefonia - A/C de qualquer funcionário disposto a ler

    C/c para Telemar/Velox/Oi - A/C idem



    Quando a Telemar iniciou o serviço Velox no Rio de Janeiro, eu morava no Morro do Dendê – Ilha do Governador e solicitei a instalação. Em 48 horas o técnico estava na minha casa já com o modem e – 15 minutos depois – o serviço funcionava perfeitamente, mesmo o endereço sendo considerado em área de risco, de difícil acesso, mesmo que mais ninguém em um raio de centenas de metros tivesse sequer telefone fixo, foi feita a alteração da central, puxado um cabo de não sei onde e tudo resolvido em 2 dias. O atendimento foi tão rápido e preciso que mal pude acreditar ser uma empresa do grupo Telemar, a campeã absoluta de reclamações no Procon e órgãos afins, responsável por muitas das minhas crises de dor de cabeça...



    Mas era bom demais pra ser verdade, toda essa competência e gentileza só durou o tempo suficiente para o novo negócio atingir o número desejado de clientes, sem nenhuma concorrência isso não demorou muito. Logo, comecei a perceber a queda na qualidade do atendimento, dificuldades de acesso ao suporte, interrupções no serviço, até que saindo da casa da minha mãe e indo para um lugar onde já existia a conexão banda larga, cancelei o Velox, na época me ofereceram milhões de vantagens e descontos, inclusive instalar em qualquer outro endereço, outra linha, em nome de qualquer outra pessoa... Comportamento típico da central de retenção: fazer qualquer negócio para manter o contrato. Naquele momento não me interessava, então cancelei.



    Dizem que o castigo vem a cavalo, o meu veio via cabo. Em Dezembro de 2006, num novo apartamento, solicitei uma nova linha telefônica. No primeiro contato com a Telemar, deixei claro que meu único interesse na linha seria para o uso do Velox, a atendente – pacientemente – explicou que eu deveria solicitar a linha à Telemar, e somente 72 horas depois da instalação eu poderia ligar para Velox e questionar se haveria viabilidade técnica ou não para adesão ao serviço. Embora não tenha me sobrado alternativa, senão seguir os preceitos da fornecedora, parece-me incoerente levando em conta que é a mesma empresa que fornece o serviço de telefonia fixa e banda larga via cabo, além da telefonia móvel, inclusive tendo recentemente aderido apenas ao nome de uma das empresas do grupo – Oi – o menos "queimado" perante os clientes, talvez acreditando que mudando de nome deixariam para trás a péssima impressão que a população tem diante de seus serviços. Além disso, usam também o mesmo telefone para atendimento ao cliente. E mais, sabendo que o técnico, no momento da instalação, tem condições de verificar se o cabo está ou não ligado a uma central que suporte o serviço de conexão à Internet banda larga, não sou capaz de acreditar na veracidade da informação de que apenas 72 horas após ter instalado a nova linha, a empresa possa informar se o serviço Velox está ou não disponível.



    Possuir todas essas informações não me serviu de nada, deixando evidente minha impotência diante da prestadora de serviço e sua inacreditável boa vontade em recusar novos clientes. O técnico foi à minha casa e instalou a linha, comentei sobre a central a qual estava ligando o cabo, e ele nada respondeu. 72 horas depois, solicitei o serviço e fui, gentilmente, informada que minha linha não tinha suporte para tal, eu deveria aguardar, sem nenhuma previsão de atendimento, que alguém ligasse informando quando eu poderia ter o "inenarrável prazer" de ser usuária da agora chamada Oi Velox. Ah, não esquecendo, me restava uma opção: solicitar a visita de um profissional da empresa para pesquisar a viabilidade técnica e dizer qual a possibilidade de prover o serviço, sendo que, esta visita se daria conforme a demanda e não seria possível me informar se aconteceria em 1 dia, 1 mês ou 1 ano. Argumentei que não teria problemas em mudar o número do telefone, a linha ou o prefixo, já que acabara de instalar, poderia cancelar e pedir outra, qualquer coisa que me garantisse o serviço de conexão banda larga. Ouvi, mais uma vez, que não era possível saber se uma linha teria suporte ou não até 72 horas de sua instalação, que a Telemar e a Velox eram empresas distintas e sem comunicação interna (???) e que, se eu desejasse cancelar a linha pagaria uma multa, se pedisse outra, pagaria nova taxa de instalação e, nem assim, haveria garantia do serviço no novo número. Neste momento, eu estava estarrecida diante do telefone, sem ser capaz de distinguir se era "pegadinha" ou se uma empresa que, ao meu ver, detém o monopólio da telefonia fixa no Rio de Janeiro (já que as outras não podem oferecer os mesmos serviços) é capaz de tamanho pouco caso perante sua clientela.



    Sem me conformar com a incapacidade de uma conexão decente, ainda mais estando em um prédio onde vários outros vizinhos usam normalmente o serviço e a moradora antiga do apartamento também era assinante, solicitei a um técnico da empresa, devidamente identificado, que me esclarecesse algumas dúvidas sobre como seria possível que a Telemar mudasse minha linha para uma outra central. Ele, prontamente, marcou uma visita à minha residência dizendo que poderia
    resolver a questão com facilidade. Confesso que me senti esperançosa, mas ao mesmo tempo, desconfiada: se o técnico pode – facilmente – resolver me pareceu tremenda má vontade da operadora não fazê-lo. Ele marcou um Domingo, dizendo que era sua folga, o que me deixou ainda mais receosa. Não compareceu no dia marcado, e marcou outro e outro, por fim, foi fazer um reparo na vizinhança e apareceu lá em casa, no carro identificado como "a serviço da Telemar", escada no bagageiro, crachá, uniforme, equipamento e um outro profissional igualmente identificado ao lado. Perguntou onde era a caixa do telefone, abriu, verificou detalhes, conectou um aparelho com o fone e, segundo ele, concetou-se a empresa, estando no viva-voz foi possível ouvir, do outro lado, o funcionário informando que naquela mesma caixa haviam outros telefones ligados a uma central com suporte ao Velox, no entanto não havia mais espaço neste cabo, por isso o técnico, ao instalar minha linha, procurou o cabo "vazio" mais próximo, ou seja, o que daria menos trabalho a ele, mesmo não tendo suporte para o serviço que eu desejava e me fazendo ter mais convicção de que as tais 72 horas não são necessárias. Informou, também, qual seria o cabo disponível para a troca de central. O funcionário a minha frente sorriu, gentilmente, e disse que por ele já estava resolvido: no dia seguinte o "contato" dele estaria na empresa e poderia efetuar as mudanças no sistema, enquanto ele o fizesse junto à linha. Assim, eu teria o serviço disponível em menos de 24 horas, logicamente pela "bagatela" de 200 reais! "E a sra. deveria aproveitar, já tem gente aí cobrando 250!!!"



    Sinceramente, não sei se me senti enojada, entristecida ou furiosa, não sei se perdi a esperança na empresa, no capitalismo ou no meu País, agradeci com a mesma gentileza e disse que não era necessário, deveriam haver outras alternativas, legais pelo menos. Mas não pude deixá-lo ir sem comentar: todos os meus vizinhos têm, não consigo aceitar essa inviabilidade. Ele, com a paz de quem não deve nada a ninguém, sugeriu: por que a senhora não puxa um cabo deles? Faz uma rede, se a sra. oferecer de pagar meio a meio, vocês fazem até uma conexão de 2 Mb, é um "negoção" pros dois! Depois de deixá-los ir e
    agradecer a Deus por não ter sido preciso que passassem da portaria, tive certeza que meu desejo era sentar no chão e chorar. Por sorte, 2 testemunhas me garantiam que eu não estava surda nem louca, havia realmente acabado de ouvir o funcionário a serviço da Telemar me sugerir fazer um "gato de Internet" a última moda, por sinal. Cheguei a cogitar, na minha quase utópica ingenuidade, que ele poderia estar me testando para depois ir até lá, "descobrir" a ligação clandestina e ganhar uma premiação da empresa. Nem isso, dia desses passou por mim e perguntou – alegremente – e aí, ainda não colocaram o Velox lá, não?! Eles estão com muitos clientes, comerciantes, gente importante, Lan House, demora muito, se a senhora quiser a gente dá uma "furadinha na fila", já sabe o esquema, anota aí meu celular, mas aumentou um pouquinho, tá?! Lembrei de um conhecido, executivo de uma grande empresa, transferido de São Paulo, ao montar um apartamento em um bairro nobre do Rio, foi informado que não havia suporte para Velox em sua linha, em 5 minutos ligou para um conhecido em Brasília, que tinha um conhecido em alto cargo da Anatel e em menos de 2 horas já tinha Internet em alta velocidade em casa, antes mesmo de carregar a bateria do notebook.



    Infelizmente, não conheço ninguém influente em Brasília (a essa altura, talvez seja felizmente, não sei mais), nem na Anatel, nem na Telemar, ou Oi, ou seja lá como queira ser chamada... Mas meu suplício ainda não acabou por aí. Indignada com a postura do profissional, entrei em contato novamente com a Velox, que não mudou em nada as informações anteriores, mas disse repudiar a postura do técnico, grande coisa, me senti até mais aliviada, já estava esperando que o atendente dissesse que eu devia ter pago ou dividido o sinal com o vizinho que, a propósito, mal conheço. Fiz questão que a reclamação ficasse registrada e tive, como consolo, a declaração de que a fornecedora estava trabalhando incansavelmente para satisfazer minhas necessidades o mais rápido possível. Estou esperando deitada...



    Passados alguns dias, recebi a irônica ligação da suposta nova Oi, oferecendo seus serviços de altíssima qualidade, Oi Banda Larga, dezenas de ofertas imperdíveis, etc, etc... Depois de contar até 10 para não desejar que a simpática operadora de telemarketing fosse para um lugar onde não posso citar formalmente, disse que ficaria imensamente feliz de ser a mais nova assinante da Oi Velox, caso ela me garantisse que o serviço já estava disponível na minha fatídica linha, que a essa altura já me irrita por outros motivos, inclusive a avalanche de trotes infanto-juvenis e ligações de cobranças para N pessoas das quais jamais ouvi falar, no mínimo era uma linha comercial anteriormente. Só então, ela se deu conta que estava me oferecendo um serviço que não podia fornecer, por declarada inviabilidade da própria empresa, aproveitei para citar e pedir que ficasse registrada uma nova reclamação sobre os atendimentos anteriores, ela disse ter "percebido naquele instante" que já havia uma marca na minha linha solicitando a troca de central com urgência, assegurou que esta ocorreria em 15 dias, no máximo 30, e que eu permanecesse tranqüila pois muito em breve poderia usufruir dos excelentes serviços oferecidos pela Oi "isso e aquilo".



    Preciso mesmo dizer que desses 30 dias, no máximo, já se passaram 3 meses e nada?! Que eu, enquanto professora de informática, sou obrigada a mostrar aos meus alunos os vários tipos de conexão existentes, mas ressaltar que não estão disponíveis para todos os usuários, depende de onde você mora, de quem você conhece e de quanto se está disposto a pagar para subornar o técnico e outros funcionários da empresa fornecedora?! Eu me recuso a ter esse tipo de postura, acredito que o corrupto só existe porque existe o corruptor, então se eu pago 200 reais a um técnico para ter um serviço que deveria ser um direito de escolha de todo consumidor, eu também deveria ser indiciada por qualquer operação da Polícia Federal, mesmo não achando justo a certeza da impunidade que prevalece no País.



    Só para coroar minha decepção, já fui procurada por várias empresinhas de fundo de quintal, ou "informais" que têm a conexão com o Velox, montam sua própria central, dividem esse sinal em vários cabos e oferecem formalmente aos consumidores mal atendidos pela prestadora original, com tal estrutura que me fazem quase crer que são oficiais e legalizadas. Nesta peregrinação em busca de uma empresa legítima que me aceite como cliente e me permita pagar minhas contas religiosamente, em troca de um serviço eficaz, já encontrei usuários que solicitaram o Velox e receberam a fatura e pagaram, para só depois saberem que não era possível a instalação. Outros que receberam ligações de provedores oferecendo a chamada "venda casada", fizeram a assinatura sob a promessa de que a tal viabilidade técnica seria sanada, o que nunca ocorreu, mas foram cobrados pelo provedor, inclusive multa pela rescisão de contrato (de um serviço que nunca foi prestado) e tiveram que prova na justiça que não eram devedores, dentre muitos outros casos de péssimo atendimento, informações irreais ou desencontradas, cobranças indevidas...



    Minha última esperança era a fornecedora de TV a cabo que espalhou dezenas de outdoors pela Ilha do Governador, onde moro, e por toda Cidade, oferecendo "Agora no seu Bairro: Net Fone e Net Virtua", os serviços de telefone e Internet banda larga que vêm fazendo alguma concorrência aos já citados. Parecia um oásis em meio ao caos. Talvez eu devesse ter ficado surpresa ao ouvir da atendente que os referidos serviços ainda não estão disponíveis no meu endereço (de repente, as duas estão esperando para fornecê-los ao mesmo tempo, assim a concorrência fica mais acirrada) por curiosidade, perguntei se estariam em algum outro logradouro do bairro, já que a propaganda é tão direta nesse sentido, e ela – mecanicamente – repetiu: não senhora, mas estamos trabalhando para que esteja o mais rápido possível, seu telefone já está cadastrado e tão logo seja possível atendê-la entraremos em contato. Quando pedi uma previsão, ela se limitou a dizer "em poucos dias". Ainda estou me questionando sobre o conceito de pouco. Será que 60 é pouco??? 60 minutos, 60 horas, já se passaram 60 dias e nenhuma previsão deste serviço. Adicionei ao meu questionamento o conceito de propaganda enganosa, como devo interpretar o termo "agora"???



    Somando a tudo isso o fato da operadora de telefonia móvel Claro ter cancelado o número da minha mãe, usado desde 1999 para contatos comerciais, sem qualquer comunicado prévio, após ter seguido a sugestão da própria funcionária de trocar de chip ao mudar de Estado, e ainda ouvi-los dizer que não existe possibilidade de reaver o número, sem contar outros transtornos iguais ou maiores que os aqui citados. Já começo a acreditar, que em tempos de comunicação sem fio, via satélite, ondas de rádio, wi-fi e bluetooth, o mais eficiente mesmo seria enviar este sincero desabafo via Correio. Porém, como desconfio que o transporte das cartas é por via aérea, e levando em conta o caos do sistema, vou rezar para "Na. Sra. da Conexão Discada" ter piedade de mim, e me permitir 15 minutos de acesso para mandar este email. Depois, continuo rezando, já que só mesmo pra falar com Deus, eu não preciso de telefone, nem de nenhum outro meio de comunicação que envolva tecnologia e prestadoras de serviço. E só Ele ou outro santo qualquer para me ouvir, porque no restante da humanidade já perdi a fé, a confiança, a paciência...



    Michelle de Souza Evangelista
    Profª de Informática, formada em Designer Gráfico
    Rio de Janeiro – RJ – Brasil



    Este blog está sob uma Licença Creative Commons.
    design: Michelle - desenvolvimento: sagui

    besteirinhas

    Melhor do que passar 3 horas no engarrafamento, é ouvir: "eles deviam servir porções de batata frita e calabresa, chopp na caneca zero grau e vir vestidos como garçon..."

    filosofando

    • Mesmo que os livros, ou as pessoas digam que um trecho de código não funciona, experimente. (Marcio)

    quem disse?!

    • Trabalho é tudo aquilo que você faz na hora em que gostaria de estar fazendo outra coisa. (sabedoria popular)
    • Se você colocar dois designers dentro de uma sala para discutir sobre um determinado assunto, não se espante se você ouvir três opniões diferentes. (Sei lá)
    • A única maneira de conservar a saúde é comer o que não se quer, beber o que não se gosta e fazer aquilo que se preferiria não fazer. (Mark Twain)

    olhando

    procurando

    perfil